Eu e Caetano – uma breve homenagem

Quase impossível prestar uma homenagem a altura da genialidade de Caetano Veloso, que é, afinal, um dos dois maiores compositores da história da música brasileira. Sendo assim me abstenho de grandes resenhas e elogios para registrar aqui um pouco da minha própria história com Caca, como é conhecido lá em casa. Não deixa de ser, espero, uma forma modesta de tributo aos 70 anos deste músico.

Lá em casa, diga-se de passagem, é onde começa minha história. Se há duas pessoas no mundo diretamente responsáveis por minha devoção a Caetano estas pessoas são meu pai e Gal Costa (ou simplesmente Gal, como é conhecida lá em casa). Nenhum dos dois, suspeito, faz idéia de que são culpados disto.

Antes de desenvolver propriamente um apreço e um filtro para música lembro-me bem de dois discos que circulavam com freqüência no som lá de casa – o CD ainda era novidade, mas a coleção de meu pai já era vistosa – e que, apesar de surrados pelo tempo, ainda planejo passar a mão e trazer para minha coleção pessoal:

Mina D’Água do Meu Canto, tenho que dizer, é um dos meus álbuns favoritos de todos os tempo, com Gal Costa entregando uma performance sensacional de vários clássicos de Caetano e de Chico Buarque. Foi esta canção, aliás, cantada por ela, e não por Caetano, que fez deste último um dos meus compositores favoritos:

Caetano há de me perdoar, mas é difícil falar de um sem falar do outro. Foi, afinal, naquele atípico ano de 1967 que o cantor se lançou ao mundo com seu primeiro disco, dividido, vale lembrar, com Gal.

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